Trabalho por Conta Própria: uma Luta Coletiva pela Dignidade

 O trabalho por conta própria é um dos eixos centrais de atuação do Instituto Redes para o Desenvolvimento. Seja na agricultura urbana, no artesanato, na cultura ou no comércio popular, a realidade de milhões de brasileiros e brasileiras se constrói diariamente na informalidade, sem garantias trabalhistas, mas com a mesma força e dignidade de quem sustenta famílias e movimenta a economia.

É por isso que o apoio do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), à instalação da Frente Parlamentar em Defesa das Trabalhadoras e dos Trabalhadores da Economia Informal ganha grande relevância. Realizada nesta terça-feira (9), a iniciativa busca criar um fórum de diálogo e articulação legislativa dentro do Congresso, voltado às pautas de ambulantes, autônomos e outros segmentos que vivem do trabalho independente.

“Essa Frente é mais do que um espaço político: é um es
paço de defesa, de proteção e de construção de caminhos reais para os trabalhadores que muitas vezes sustentam suas famílias sem qualquer respaldo institucional. Hoje, eles ganham voz dentro do Parlamento”, afirmou Motta.

A criação da Frente contou também com o empenho da deputada Fernanda Melchionna (PSOL-RS), que destacou a importância de reconhecer a realidade de quem está nas ruas e feiras populares garantindo renda para milhões de famílias:

“O direito ao trabalho digno precisa ser defendido, e esta Casa tem o dever de reconhecer essa realidade”.

O ato emocionou lideranças como Márcia dos Ambulantes, que lembrou a luta pela formalização do espaço político em defesa da categoria:

“Hoje é um dia histórico. Lutamos por esse momento e, com o apoio do presidente Hugo Motta, ele chegou”.

Representantes da Paraíba, Bahia, Pernambuco e São Paulo marcaram presença, reforçando que a economia informal não é apenas uma questão de sobrevivência, mas um motor de dinamismo econômico e cultural no Brasil.

O papel do Instituto Redes

O Instituto Redes entende que valorizar o trabalho por conta própria é reconhecer a criatividade, a resistência e o protagonismo popular. Nossos projetos com agricultores urbanos, artesãs, jovens da economia criativa e coletivos periféricos demonstram que o trabalho independente, quando apoiado por políticas públicas e fortalecido em rede, pode se transformar em geração de renda estável, inclusão social e desenvolvimento solidário.

A instalação da Frente Parlamentar é um marco que dialoga diretamente com nossa missão: fortalecer trabalhadores e trabalhadoras da base, garantindo que suas vozes sejam ouvidas e que seus direitos sejam reconhecidos.

O desafio agora é transformar esse espaço em ações concretas — leis, políticas de proteção social, linhas de crédito acessíveis e reconhecimento institucional. Afinal, o futuro do trabalho no Brasil passa necessariamente por reconhecer e respeitar a força dos autônomos, ambulantes e informais, que fazem da luta diária uma prova de dignidade.

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